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Fundamentais

A Bravo!, em sua edição de Dezembro de 2010, listou o que considera como os artistas fundamentais para o século 21 em diversas áreas.

Dois dos dez artistas visuais escolhidos pela citada revista (Marina Abramovic e Cildo Meireles), conhecemos durante a oficina de Arte conceitual ministrada por Fabrícia Jordão, parte do ciclo de oficinas e cursos oferecidos pelo projeto Artes Visuais: Reflexão e Produção.

Veja abaixo todas os outros escolhidos neste quesito:

Artes Plásticas

Dez artistas fundamentais

1 - Olafur Eliasson.

Quem circulou por Nova York entre junho e outubro de 2008 dificilmente deixou de se impressionar com o East River, rio que costuma passar despercebido em meio à confusão da metrópole. Naqueles meses, quatro cachoeiras artificiais jorraram de pontos estratégicos, como a ponte do Brooklyn (foto). Eram parte da mostra The New York City Waterfalls, do artista dinamarquês. Com ações desse tipo, Eliasson procura combater a indiferença que os habitantes das grandes cidades tendem a nutrir pelo entorno. Um jeito engenhoso de abordar um assunto urgente e, no entanto, tão desgastado: o cuidado com o planeta.

2 - Renata Lucas.
Em 2007, aos 36 anos, a paulista de Ribeirão Preto invadiu o jardim britanicamente planejado da Tate Modern com uma faixa diagonal de vegetação tirada da floresta. Introduziu, dessa maneira, o descontrole da natureza no ambiente calculado da galeria. E fez história como um dos brasileiros mais jovens a ocupar endereço tão nobre. Dois anos depois, instalou trechos de uma estrada de asfalto nos Giardini da Bienal de Veneza (foto) e propôs uma discussão oportuníssima sobre as fronteiras que separam a esfera pública da privada.

3 - Ai Wei Wei.
Na Alemanha, em 2007, durante a prestigiosa Documenta de Kassel, o artista de Pequim exibiu uma instalação (foto) com 1.001 portas e janelas de casas das dinastias Ming e Qing que vieram abaixo para dar lugar a construções modernas. O trabalho evidenciou a militância destemida e a criatividade do maior representante da festejada arte chinesa contemporânea. Em seu país, ele mantém um blog que sai frequentemente do ar, censurado pelo governo comunista por causa das denúncias contra a corrupção local.

4 - Cildo Meireles.
O veterano artista carioca apresentou, de outubro de 2008 a janeiro de 2009, uma retrospectiva na Tate Modern. A mostra, com 80 obras, entre elas Desvio para o Vermelho (foto), consagrou-o como um dos principais nomes da arte conceitual. "Ele vem assinando alguns dos trabalhos filosoficamente mais brilhantes, politicamente mais reveladores e esteticamente mais sedutores da atualidade", resumiu Vicente Todoli, um dos curadores da exposição em Londres.

5 - Rivane Neunschwander.
Na mostra A Day Like Any Other (Um Dia Como Outro Qualquer), que o New Museum de Nova York abrigou neste ano, a mineira de Belo Horizonte contratou policiais para desenhar o retrato-falado do primeiro amor dos visitantes. Também fez "chover" com a ajuda de baldes cheios d'água (foto). Deu, assim, continuidade a seu intrigante projeto de reorganizar o mundo, oferecendo-lhe novos sentidos.

6 - Marina Abramovic.
Entre março e maio últimos, a artista sérvia protagonizou uma performance memorável no átrio do Museu de Arte Moderna de Nova York: ficou por mais de 700 horas sentada em silêncio, olhando fixamente para quem se dispusesse a encará-la. Parte das 850 mil pessoas que assistiram à ação chorou.

7 - Damien Hirst.
Em setembro de 2008, o britânico passou por cima dos marchands e organizou o leilão de suas próprias criações na Sotheby's de Londres. Com uma só tacada, quebrou as regras do mercado, transformou o ato de comercializar a arte em espetáculo e embolsou mais de US$ 200 milhões.

8 - Assume Vivid Astro Focus.
O coletivo multinacional promove festas psicodélicas e lhes dá o status de performances. Uma das mais divertidas ocorreu em 2005, no Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles. Chamava-se Ecstasy.

9 - Takashi Murakami.
Até o fim de dezembro, o japonês exibe esculturas e pinturas de viés lúdico no solene Palácio de Versalhes, na França. A mostra tanto celebra quanto fustiga a cultura da toy art, que se disseminou pelo mundo nos últimos anos, e a "síndrome de Peter Pan", que acomete muitos adultos de hoje.

10 - Chelpa Ferro.
O grupo do paulistano Luiz Zerbini e dos cariocas Barrão e Sergio Mekler abriu o século com Autobang, uma ação desconcertante e catártica que ganhou corpo na 25ª Bienal de São Paulo, em 2002. Auxiliados pelo público, os artistas destruíram a marretadas um carro Maverick modelo 1974.

Consultores: Agnaldo Farias, curador da 29ª Bienal de São Paulo e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo; Fernando Oliva, curador, professor e editor do Caderno Sesc Videobrasil 6 (Turista/Motorista);, Rodrigo Moura, curador do Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG)

Para ver a lista completa dos "Cem melhores do século 21" eleitos pela Bravo!, vá aqui!

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